Existo em stress, em dor e em vazio. Esta coisa de ser humano tem muito que se lhe diga e nunca é tão fácil como imaginamos. Vemos os filmes na tv e é sempre tão normal e suave, casual até.
Deito-me no sofá e solto gargalhadas aos meus problemas, que porra? Sempre fui fiel a mim próprio, às minhas convicções e ao meu amor e assim me mantenho, forte e convicto de quem sou e do que quero, mas partido. Um glance rápido à janela aberta levanta-me do meu stasis e leva-me para um mundo imaginário edílico e tão real como a minha carne e sofro. Sofro de sonhar como uma criança e como uma criança ser roubado daquilo que me é mais querido. Todos os centimos que juntei ao longo da semana para o meu saco de gomas, as nossas gomas, a nossa felicidade aquilo que nos faz sorrir e sentirmo-nos parte de alguma coisa pela qual faz sentido lutar, cuja luta é de união e não desavença, a nossa luta pela felicidade. Os momentos de raiva são incontornaveis, incontrolaveis e libertadores deste latejar na minha cabeça, estas putas perguntas que não me largam, que não me deixam continuar a ser o que sempre fui. Estes gritos de perguntas, de confusão, de incompreensão, de injustiça e de desespero. Filho da puta do desespero! LARGA-ME DA MÃO! Deixa-me ser! Não quero nada de ninguém! Só quero os que me querem e ainda assim é pedir muito!? Só quero ser feliz! Só quero ser feliz...
Entro na casa de banho e fujo da minha fronte desolada e violada... Chorar há algum tempo que voltou a ser parte de mim, como uma criança perdida que lentamente tenta reconstruir aceitei isso como um processo para lidar com nojento que nos rodeia and then again i do fall on the same emptinesses again and again e nem sei porquê, tiram-me o tapete debaixo dos pés sem remorsos para que sinta o chão frio? Rodeia-me gelo e esfregam-me o ódio na cara, ser traído e enganado quando a confiança e honestidade era tudo, sem compaixão quando a compaixão era tudo, com maldade quando bondade é tudo o que peço... A minha cara não é minha, foi-me forçada, imposta por princípios que nem sei de quem são porque não sei de quem falo. Falo de mim, isso sei e sempre saberei. É só isso que sei e só com isso que posso confiar.
Paradoxos indecifraveis assombram os meus pensamentos. Na casa de banho grito, esperneio e bato contra a parede, que mal nenhum me fez mas ela é sólida, rigida, permanente e resiliente... Julgo eu, espero eu. Não a quero magoar... Sou um bebé cagado e não sei o que fazer. Quero amar e sinto-me amado, entrego-me e sou roubado. Sei que sou amado mas nada é para sempre mesmo quando julgamos que é, que o nosso coração grita contra a nossa cabeça que não é.
Fizeste-me acreditar que eramos a resposta para o meu coração frio mas entendo que sou só eu sempre e para sempre. Sigo convicto e forte, dono de mim e de mais nada, amante do que me rodeia parte de um mundo que me detesta. O meu corpo ressente-se e doi-me existir assim, o meu estomago contraria a sua natureza e deixa-me contorcer em agonia por não querer o que lhe tenho para dar, a minha cabeça perde-se em furacões de incertezas, de memórias, de dor, de querer mais, querer tudo e no fundo não ter nada... Sou um pobre estupido, fui forte no momento e agora ressinto-me. Já sei como é, pelo menos sei e não me admira... Só espero não morrer, ninguém quer morrer, certo?
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Foi dos melhores aniversários da minha vida... Somos donos do nosso destino e assim o será. Continuo verdadeiro e espero rodear-me cada vez mais de pessoas verdadeiras. Um abraço e um beijo a todos os que amo e que me amam.